É terrível e aterrorizador aquilo a que o nosso país está a assistir com a morte do militar da GNR, um jovem, ainda que não fosse, e de um civil que, indo na sua vida, se vê numa situação que lhe custou a vida e, certamente, porque estou em crer que morte cerebral será equivalente a morte e ponto final, à sua jovem mulher.
E é terrível, porque ao pensarmos que vivemos num país seguro, na verdade não vivemos; porque ao julgarmos que ainda há respeito pelas entidades de segurança, aquelas que existem para salvaguardar o nosso bem-estar, na verdade já não há respeito.
Lembro-me...lembramo-nos que há um jovem agente da GNR que, no seu dever, ao perseguir um individuo que praticara um crime, teve o azar de alvejar mortalmente um jovem que, seu pai, levara para o assalto, quiçá, num verdadeiro exercício de estágio do crime, perdeu o seu posto de trabalho, viu-se acusado por quem o deveria defender e sujeito ao pagamento de uma indemnização aos pais da vitima - que devemos sempre lamentar.
Recordo-me que, estes agentes da autoridade não têm a devida preparação para se defenderem - não por sua culpa, mas por culpa de um sistema de formação impróprio - quanto mais aos civis, àqueles que aguardam ser defendidos.
E agora, anda a monte um homem altamente perigoso, que se pode cruzar com qualquer um de nós e fazer grandes estragos... grandes estragos!
E se um agente da GNR, ao se cruzar com esse homem lhe apontar uma arma e disparar a matar, as nossas autoridades judiciais ainda o vão acusar de homicídio, mesmo que seja numa situação de perseguição e obrigá-lo ao pagamento de elevadas quantias de dinheiro, para além da penalização.
Parece-me que, este país, o tal pacato à beira-mar plantado, está a ficar descontrolado e com a defesa legal trocada. A violência gratuita vai aumentar e vamos tornar-nos numa Venezuela europeia; olho-por-olho, dente-por-dente.
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