
Na verdade, atribuir sempre as culpas para os outros é o caminho mais fácil, mas se atentarmos bem a estas linhas e se formos pessoas sérias e racionais, teremos sempre que atribuir meã culpa.
Se é verdade que a Refer, ou outra entidade, deve acabar de uma vez por todas com com as passagens de nível sem guarda, não é menos verdade que devemos alterar comportamentos e redobrar cuidados.
Uma passagem de nível sem guarda deve estar sinalizada, é verdade, mas por parte dos condutores existem regras a cumprir.
Pare, Escute e Olhe é uma máxima que nos consome o tempo entre o acidente e o não acidente.
Por norma quem é colhido por um comboio, ou vive perto da passagem de nível ou utiliza o espaço frequentemente. Estes dois factores incrementam uma falsa sabedoria do domínio dos horários dos comboios, o que faz com que a segurança que o próprio deva ter baixe, aumentando exponencialmente o risco.
O excesso de confiança é tal, que as pessoas se abstêm da existência do espaço. Depois, a falta de atenção associada à velocidade do comboio faz com que a coincidência no tempo seja mortal.
No que diz respeito aos idosos, por mais que tenhamos alguma dificuldade em admiti-lo, o avançar da idade cria uma diminuição na nossa capacidade perceptiva, de visão e audição, levando-nos ao desnorte de posição na via. A capacidade de reacção é mínima, logo imprópria e ineficiente para resolver o problema.
Para terminar, quero alertar para dois pontos; 1- Existem comboios de mercadorias particulares, máquinas de manutenção da via férrea ou de formação de novos maquinistas. Os horários não estão no domínio cerebral dos peões e condutores.
2 – As cancelas tanto avariam fechadas como abertas. Ou seja, mesmo aberta, pode haver passagem do comboio.
O que fazer?
Diminuir a velocidade, abordar o espaço com precaução e só entrar na área do carril apenas na certeza que do outro lado existe espaço livre para o nosso veículo.
Mesmo que se conheça bem a passagem de nível, deve-se substituir a confiança pela segurança e prevenção.
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