Ontem, ao ligar a televisão, pela hora dos noticiários, sim por que noutra hora qualquer não tenho acesso a qualquer canal televisivo, uma vez que a grelha de utilização já está definida pelas pessoas que não têm algo pendurado entre as pernas, cá de casa, seja pelos canais de música, animação ou telenovelas, verifiquei algo que quase me chocou. Não! Estou a brincar, não fiquei chocado, mas sim, de verdade, admirado.
Então ontem, ao ligar a televisão, verifiquei que o pivot dava informação sobre o bebé do ano 2015. E falava ele e comentava eu «Já sei quem foi. É sempre a mesma coisa.» e dizia a minha mulher «Como já sabes quem foi, se ainda não disseram?» e respondi eu «Porra, não me digas que não estás a ver quem foi?» e disse ela «Como queres que saiba quem foi?» e disse-lhe eu «Por que é mais do que evidente.» e respondeu-me ela «Conheces alguém que estivesse para ter bebé por esta altura?» e respondi-lhe eu «Não!" e disse-me ela «Então como é que sabes quem foi o bebé do ano 2015?» e disse-lhe eu « Por que é mais do que previsível.» e disse-me ela «Não te estou a entender.» e nisso o pivot de serviço anunciou que o bebé do ano era uma fêmea a quem os seus progenitores tinham atribuído o nome de código "Francisca".
E foi então que fiquei pasmado. «Francisca?», murmurei. «Porquê, quem achavas que poderia ser?», perguntou-me a minha mulher, enquanto eu, pasmado olhava para a televisão, via o desenrolar da notícia e esperava que, a qualquer momento o pivot de serviço voltasse atrás e assumisse, como o apresentador da Miss mundo, que se tinha enganado, que o erro era seu, que estava escrito, nãos nas estrelas como Santana Lopes um dia disse, mas sim, ali mesmo, no cantinho do teletexto, que afinal o bebé do ano não tinha sido a menina "Francisca", mas sim o supra-sumo dos recordes, o grande, único e fabulosos papa-recordes, Cristiano Ronaldo.
«Então o Cristiano Ronaldo deixou-se passar por uma pirralha na conquista deste título?» comentei, ao que a minha mulher disse «Estás parvo? Estão a falar do bebé do ano, daquele que foi o primeiro a nascer.» ao que lhe respondi «Exactamente, o primeiro. E o CR7, não o Caça-Ratos brasileiro, mas o nosso grande marcador. Onde será que ele andava para não gritar, quando o relógio badalou as 00 horas, no fogo de artificio do Funchal que "SÍÍÍÍÍÍ", saltado e informando que ele estava ali?», ao que a minha mulher, olhando para mim, me disse «Olha, chama os miúdos e venham para a mesa que o peru e as batatas já estão prontos.». E eu chamei-os e fomos para a mesa, comer o peru e as batatas, sem que o CR7 tenha ganho o título de primeiro bebé do ano e não tenha batido maias um record.
Virei-me então para ela e disse-lhe, já sentado à mesa e depois de uma garfada de comida «O peru está bom.»
Sem comentários:
Enviar um comentário