terça-feira, julho 26, 2016

O Diário de cada dia.



Cada dia é um dia e a memória, por melhor que seja, vai ao longo do tempo nublando as recordações, aquelas que desejamos preservar ou que podem, de alguma forma, marcar um percurso, a que chamamos experiência de vida, numa longitude temporal de décadas...




O "Diário", aquele conjunto de folhas que normalmente só é oferecido às meninas, como se apenas elas o pudessem escrever, elaborar umas frases, expor os seus conhecimentos, as suas aventuras, as suas conquistas e mágoas, é um documento eterno se guardado com o valor sentimental que lhe devemos atribuir; o "Diário", não tem de ser diário; pode ser ocasional, marcador de fases da vida, do caminho percorrido.

Todos deveríamos de ter um "Diário". Um livro de memórias futuras que um dia, no caminho, lá bem à frente, possamos folhear e reviver um passado que nos empurrou até ao presente, esse que ainda será um futuro tão longe ou  perto, quanto desconhecido.Todos deveríamos escrever as nossas ideias, as nossas mensagens, os nossos objectivos, as nossas conquistas, as nossas frustrações.

Deverão estar os amigos, aqueles dois ou três, contando comigo (ah!ah!ah!) a questionar-se - Mas será que ele tem um diário? -  ao que respondo - Sim! Tenho um diário. Ou melhor, uma apontador de pensamentos, um local onde redigo manualmente algumas passagens para, um dia, quem sabe, voltar a lê-lo, a reviver, a sonhar, a crescer, a aprender com o passado. Porque quem diz que passado é passado, na verdade não o é, passado é conhecimento, tenha ele sido agradável ou não. Passado é aprendizagem do que se pode voltar a fazer ou do que não se deve repetir. Passado é uma raíz na nossa vida, no nosso caminho, uma cicatriz de dor ou uma tatuagem emocional de vitória e conquista.

Sim, tenho um "Diário". Um dia, talvez, os meus filhos ou netos poderão folheá-lo e descobrir partes da estória, da minha estória, do meu passado, das minhas frustrações, mas essencialmente do meu orgulho em tantas experiências e conhecimentos que vou tendo.

Nem sempre o caminho é fácil; mas se não o enfrentar com a cabeça erguida, com convicção, determinado a percorrê-lo, então mais tumultuoso se pode criar. Tenho o "Diário" ou apontador de memórias. escrevo-o, observo-o, complemento-o; mas acima de tudo, enfrento-o!

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