domingo, agosto 07, 2016
Uma escrita parva
Escreve-se de tudo e de nada, por tudo e por nada. Escreve-se por que se escreve ou por que se tem a necessidade de escrever, seja o que for, sobre o que for ou com a opinião que for. E quem escreve por vezes nem sabe sobre o que escreve, mas escreve, tem a necessidade social de o fazer para não ser ultrapassado, esquecido ou ultrajado.
Hoje escrevo por que sim ou por que não; no sentido de poder nem saber sobre o que quero escrever. Apenas escrevo para gastar espaço ou simplesmente o ocupar com algo. Escrevo por que gosto, não por que tenho necessidade. Poderia estar no sofá a jiboiar...
Há quem escreva por que a professora lhe disse que até escrevia umas merdas fixes; e escreve! Escreve qualquer coisa.
Mas depois há quem leia; leia por que lê, não por vontade própria, das tantas merdas que se escrevem, mas por que tem a necessidade de saber o que foi escrito, não numa postura de enriquecimento cultural, por que se escreve tanta porcaria, verdadeiras diarreias cerebrais, mas por que não quer ficar a olhar, numa conversa de café, de trabalho (pausa) ou numa outra situação qualquer e ficar a olhar outros que debatem um texto sem núcleo, mas sim apenas um aglomerado de letras e palavras, com virgulas e pontos, a quem alguém chamou de crónica de um artista qualquer de contexto cor-de-rosa.
E lê, porque quer também dizer - Eu também li esse texto. É tão fixe, não é? - não, claro que não é!
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