Posso estar a evocar uma enorme barbaridade, mas para mim, para o sucesso de um Concelho acontecer, é necessário haver uma boa rede industrial, capaz de promover postos de trabalho, garantir uma economia forte, por forma a arrastar consigo outro tipos de investimentos, como serviços e mercado directo.
E é neste sentido que me faz alguma (muita) confusão, continuar a ver que Montemor-o-Velho está, aos anos a desperdiçar uma infra-estructura que, não sendo ainda muito grande em área, fácilmente se poderia expandir; bastava para tal que quem manda desenvolvesse esforços nesse sentido.
Quem conhece, percebe que a imagem apresenta a ainda pequena e sub-desenvolvida zona industrial da vila de Montemor-o-Velho. Construída pela engenharia do exército português, este espaço encontra-se paredes meias com a auto-estrada A14 que faz ligação ao Porto Comercial da Figueira da Foz, à auto-estrada A1 e à auto-estrada A17.
Estando, geograficamente, tão bem situada, não se percebe como não se encontra preenchida com industrias capazes de proporcionar postos de trabalho e prospecção na economia local. E tal acontece porquê? - não faço a minima ideia, porque parece que ninguém se importa da razão.
O que fazer para haver prosperidade?
É verdade que posso estar a cometer uma injustiça e que não me admiro que surjam os mais diversos argumentos a contrariarem o que escrevo - Que não sabe do que fala - ou - Estamos a trabalhar no assunto. - ou ainda - Se acha que sabe fazer melhor, candidate-se ao lugar.Mas não, não me quero candidatar ao lugar, sei que não não estão a fazer os possíveis para melhorar - porque se assim fosse, aquele espaço não estaria há tantos anos naquele letargia económica - e sim, é possível eu não saber do que estou a falar, mas sim, falo do que vejo.
Presumo que aquele espaço esteja sob a tutela administrativa da autarquia de Montemor-o-Velho. E se assim é, tem a instituição a obrigatoriedade de desenvolver todos os esforços e negociações, para que ali se implementem empresas industriais que proporcionem postos de trabalho ao Concelho.
Conhecendo aquele espaço há mais de uma década, percebo que ali se encontram algumas empresas, sim, mas que se poderiam encontrar mais, muitas mais. E pergunta-se o que fazer para conseguir atrair empresas para aquele espaço? Certamente algumas coisas.
Primeiro, se queremos que aquele espaço cresça, temos de ter uma equipa que o promova junto de eventuais investidores; uma equipa com capacidade de negociação e know how para convencer os eventuais investidores das vantagens de investir ali. Depois, tem de se proporcionar condições concorrenciais a outros Concelhos. Em terceiro lugar, disponibilizar um timming de intervenção e disponibilidade eficaz.
Montemor-o-Velho, um Concelho no centro da acção
O Concelho de Montemor-o-Velho, podendo não ser um Concelho chamado rico, é um Concelho que se encontra no centro da acção. Ou seja, se avaliarmos bem, a EN111! é uma estrada que desenvolve uma intensidade de trânsito elevada, tendo em atenção que, tendo a A14, desde esta vila até à capital de distrito, Coimbra, tem um custo de circulação elevado, é exponencial o trânsito que abandona a dita auto-estrada à entrada de Montemor-o-Velho, do sentido Figueira da Foz - Coimbra e circula pela EN111.Depois, este é um Concelho que está perto de tudo; do Porto Comercial na Figueira da Foz, de Coimbra e do seu Aeródromo e das auto-estradas referenciadas mais acima neste texto e que proporcionam a chegada a qualquer ponto do país.
Para completar este raciocínio, podemos perceber que, com boa vontade, aquela zona industrial ainda tem muito espaço para se expandir, não estando condicionada a habitações excessivamente próximas, já para não falar do espaço de circulação ao redor.
Uma sugestão de quem está por fora
Olhando ao redor e percebendo o que se foi passando, ao longo dos anos, em diversos pontos geográficos onde estive - não foram muitos - posso argumentar que uma das formas de atrair investidores, passa por negociar a área do terreno a implementar a industria, tendo em atenção o valor a pedir por metro quadrado - se realmente há que pedir - em troca de permanência da empresa no Concelho e oferta de postos de trabalho a colaboradores com residência no Concelho.Outra acção a fazer, é a de assumir institucionalmente o espaço que se encontra ao abandono - que supostamente seria para uma linha de produção de baterias - e negociá-lo com eventuais pretendentes, a custos residuais ou por aluguer de exploração.
Não sei se tal, legalmente será possível; mas o que sei é que é, de todo, impossível que aquela situação se continue a arrastar como se não fosse uma realidade, e ver aquele espaço a perder-se no tempo e os investimentos a passarem ao lado deste Concelho.
Sem comentários:
Enviar um comentário