Quando foi edificada, em 2009, a rotunda do Almegue tinha na sua arquitectura um carácter provisório, uma vez que se pretendia que o IC2 se ligasse por meio de um viaduto a uma suposta nova ponte sobre o rio Mondego; o que não veio a acontecer. Mais tarde avançou-se para a possibilidade, com acordo entre a autarquia conimbricense e a Estradas de Portugal, para a colocação de semáforos.
Para quem conhece, a rotunda de Almegue encontra-se situada numa das entradas da cidade de Coimbra, nomeadamente na entrada de quem se desloca de Pereira - Coimbra e no IC2 Condeixa - Coimbra. Pela manhã e ao final do dia, esta rotunda é sinónimo de problemas para quem nela tem de circular.
É sabido que um dos princípios que regem as rotundas é a sua capacidade de promover uma maior fluidez no fluxo de tráfego que a aborda. Se assim é, quando tal não ocorre, estamos na presença de uma incongruência rodoviária; e isso é um problema.
Projectar uma rotunda
Quando se projecta uma rotunda, deve ter-se em consideração diversos factores, que não apenas e só, vamos ali colocar uma rotunda, levantam-se algumas medições topográficas, chama-se o projectista e faz-se o desenho da "coisa" que se pretende implementar.Quando se projecta uma rotunda, a entidade responsável por tal deverá, numa primeira fase, recolher dados sobre o número de viaturas que utilizam aquele espaço, fluxo e horário do dia, assim como tipologia dos veículos. Apenas depois, com esses valores, poderá perceber-se se a melhor solução a implementar será, realmente, o que inicialmente estava acordado fazer-se.
A solução para Almegue
Definitivamente, a solução para aquele espaço não será o que se encontra por lá nos dias actuais. Tal, como está, de momento, não é praticável nem tão pouco seguro. E não o é, pelo simples facto de afluírem ao local diversas vias com fluxos de tráfego intenso; do IC2, nomeadamente, advêm bastantes veículos pesados de mercadorias. A acumulação de trânsito é tal, que raras são as vezes em que, pela manhã e final do dia, não ocorrem ali congestionamentos de trânsito, não apenas no acesso à dita rotunda, mas também no interior dela.Assim, no meu devaneio, olho aquele espaço e conjecturo que, a solução ali, passaria pela opção, no espaço da rotunda, de uma passagem inferior que serviria os intentos de quem circula nos sentidos Coimbra - Pereira e vice-versa. já para quem se desloca no IC2, passaria a deslocar-se de forma directa, utilizando vias de abrandamento para aceder a vias paralelas de acesso ao Convento de Santa Clara.
Sim, é verdade que uma obra desta envergadura, mesmo não sendo megalómana, tem os seus custos associados. Também sei que esta solução não iria permitir à P.S.P. executar as operações STOP que realiza, em horários impróprios, dentro da rotunda.
Mas sei que diminuiria exponencialmente a aglomeração de automóveis, a sinistralidade que ali ocorre, assim como os níveis de concentração de monóxido de carbono, poluentes atmosféricos que ali se concentram.
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