Sob o pretexto de uma luta nas ruas contra o racismo - algo que apoio se estivermos na presença de uma luta pacifica e construtiva do pensamento humano, não aquele discurso que incentiva ao ódio protagonizado por Joacine Katar Moreira - Tenho-me apercebido através das imagens difundidas pela comunicação social, que já não é esse o principio das manifestações, mas outro, provavelmente apoiado pela extrema-direita e que vai no sentido oposto ao que se pretendia e tem o objectivo único de criar o caos, camuflando-se e confundindo-se com outras frentes.
Os Antifas são elementos anti-fascistas, compostos por elementos de extrema-esquerda, anarquistas e anti-capitalistas. Integram, também eles as manifestações com o intuito de provocarem o caos e utilizam técnicas de manipulação de massas, levando grupos á prática de acções criminosas, como vandalizarem propriedade privada e bens públicos. A última moda e estúpida é a destruição de estátuas representativas de um passado, da história que não se pode apagar e que serve - tem de servir - para todos nós reflectirmos no que de mau já ocorreu, para que não se repita.
Ao ver na televisão como na terra do Tio Sam as estátuas caíam, veio-me à memória a imagem da Estátua de Saddam Hussein a ser derrubada pelas tropas norte-americanas. Tudo tão igual.
Se ontem tinha algumas pseudo-certezas, hoje tenho verdadeiras dúvidas. Olhando aqueles actos perpetuados por pessoas cujo intelectualidade e inteligência emocional é questionável, no mínimo, as minhas verdadeiras dúvidas centram-se na incerteza em estar certo, se aquele povo percebe o que se está a passar, como estão a ser manipulados e de que forma estas acções erradas estão a beneficiar Donald Trump e a matar a democracia e todos os princípios pelos quais os seus antepassados tanto lutaram
Aqueles que à noite vão para a rua, não percebem que estão a sobrepor a não-razão à razão.
Imagem: DW
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