domingo, outubro 18, 2015



Poseidon enlouqueceu. 

Era assim que deveriam começar as notícias d os jornais televisivos de todo o mundo, as manchetes de todos os jornais em papel e de rádios, nacionais, internacionais ou locais.

Poseidon enlouqueceu.

Enlouqueceu ou passou-se de vez ou ainda, noutra hipótese, zangou-se de vez com os Homens que rasgam os mares e oceanos, baralhando-lhes as marés, o discernimento ou simplesmente a bússola, tal como acontece com as baleias que encalham nas praias sem justificação plausível.

Poseidon enlouqueceu.

Poseidon fartou-se de ver o mal que se tem feito na natureza marítima, da poluição que se tem produzido, da falta de valores humanos para com o bem de todos.

Poseidon enlouqueceu. 

Não! Poseidon deixou foi de alertar os marinheiros para os perigos dos mares, de os levar a bom-porto em boas marés, de os abraçar com a suavidade de uma pluma. Poseidon zangou-se a agitou os braços, produziu enormes ondas, anulou o norte magnético, fazendo as bússolas deixarem de funcionar e cobriu o céu de nuvens, não deixando o astrolábio encaminhar.

Poseidon gritou num grito surdo que ninguém quis escutar, perceber, concordar.

Sem comentários: