quinta-feira, outubro 08, 2015
Silêncio, que se vai cantar o Fado.
Silêncio que a guitarra quer chorar a alegria de nos encantar a cada acorde, a acada passagem de dedos nas cordas, a cada sentimento, a cada gemido.
Chora a beleza do encanto num tom límpido e ténue, num enrolar meloso e melancólico de quem procura o carinho, a atenção, a saudade de um momento...aquele momento!
Silêncio que se vai cantar o Fado.
Vai-se cantar, dizer, declamar...viver!
Vai-se sentir, passar, contemplar, aprender.
Vai-se saber o que custa lutar, percorrer, procurar, escolher, optar...vencer!
Silêncio que se vai cantar o Fado.
Aquele que não conhecemos ou já dele ouvimos falar sem o termos escutado.
Aquele que ansiosos desejamos ser o nosso, o bem acomodado.
Aquele que nos espera, ou seremos nós que o esperamos, para connosco se deslocar no caminho...encantado? Ou, por vezes, malfadado.
Silêncio que se vai cantar o Fado.
Silêncio que se vai cantar...o meu Fado!
E que Fado será esse, que vou escutar? Será um Fado triste ou de encantar?
Que Fado será esse que quero ouvir? Será um Fado alegre ou um que me vai fazer querer tudo largar e partir?
Que Fado nos acompanha? Será o que escolhemos ou o que em nós, sem desejarmos, se entranha?
A cada um de nós o seu Fado, aquele que montamos, pelo qual lutamos, tantas vezes sem lutar, mais tarde lamentamos ou simplesmente, um Fado que trabalhamos, na guitarra pegamos e tocamos, acordos de encantar, onde afinal ela não chorava, mas sim bailava, connosco caminhava, no nosso caminhar?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário