quarta-feira, outubro 07, 2015



Na calma do teu leito navego sem velas ao mastro.
Percorro as milhas que não sinto,
Guardo em ti segredos que não conto,
Numa confiança cega que aprendi a acreditar.

Neste mar, longo mar que minha vida é,
Minha morte não anseio, num respeito que tenho,
Numa paixão que me leva,
Num amor que abraço...sem abraçar.

Parto, pela noite ao acordar,
Na procura do embalo
Da fome contigo matar.

Quero-te no meu respeito.
Procuro-te no meu peito... e morro,
Sem que te possa amar.


                              - Miguel Branco -

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