terça-feira, dezembro 08, 2015
Por vezes assistimos a situações que nos levam a pensar se realmente as pessoas são minimamente capazes de ocuparem determinadas cadeiras, sejam elas de simples madeira ou de ricos tecidos em pele.
Ontem fui a um departamento de uma instituição pública efectuar um daqueles pagamentos mensais de consumo (água, luz, gás) onde se encontravam cerca de sete a oito pessoas, umas a serem atendidas e outras à espera que a maquineta das senhas apitasse, dando indicação que se deveriam deslocar a este ou àquele ponto.
Estava eu, ali, de pé, com a senha na mão, a aguardar que também fosse informado pelo painel, quando olhando ao redor, me apercebo que, no posto onde me deveria deslocar, tesouraria, a senhora se encontrava a contar, ali, defronte de todos, alguns maços de notas, umas de vinte e outras de cinquenta euros.
Olhando aquilo, pensei para com os meus botões "Mas o que pensa esta gente? Se aqui estiver alguém com a minima maldade, desequilibrado ou até mesmo financeiramente desesperado, assalta esta pessoa que conta todas aquelas notas." Na verdade já escutamos na televisão coisas bem menores, ou de valores menores.
Estava eu a pensar nisto, olhando incrédulo a pessoa que o fazia quando de um dos outros postos de atendimento escuto uma das funcionária a dizer a uma senhora de idade que estava a ser atendida: "Então a senhora não se astreveu a falar com o homem?". Não sei quem era o homem, mas...astreveu?
Seguramente que se tratava de uma pessoa de idade, do meio rural. Mas será que a senhora não percebia..."A senhora não se atreveu..." - Fica a pergunta sem resposta.
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