sábado, outubro 01, 2016

Abandono social


Não há no Mundo muitas merdas que me irritem; mas há algumas. E uma delas é o abandono social humano, se é que realmente se pode chamar humano ao comportamento daqueles que tudo têm, menos humildade e altruísmo, capaz de ajudar quem nada e ninguém tem, a não ser a si mesmo.


Se há merdas que me irritam, é a ignorância dos que caminham sem para o lado olharem e verem uma alma perdida sem tempo...ou será no tempo, esse que já não existe ou que o relógio deixou de contar?!

Se há merdas que me irritam, é a hipocrisia dos que dizem que fazem, que estão, que se preocupam, mas no final... se esfumam numa atmosfera que não é deles, que não lhes pertence.

Se há merdas que me irritam, são aqueles seres andantes que, oferecendo, cobram de imediato a tão afamada dádiva, propagandeiam-na em busca de louros, reconhecimento ou lucros.

Se há merdas que me irritam, é ver que a solidão afecta milhares de pessoas que, não sendo votos úteis, apenas servem para foto de fundo em tempo de eleições.

Se há merdas que me irritam, é ver animais a serem mal tratados, animais esses que, verdadeiros amigos, não abandonam o seu dono, aquele que muitas vezes, quase sempre, abdica da sua boca para dar de comer ao seu fiel amigo.

Se há coisas que me irritam, é perceber que o Mundo, ou melhor, as pessoas, não mudam a sua maneira de ser contra a pobreza de alguma humanidade e perceber ainda que, ao que parece, 1% dos ricos do Mundo têm capital suficiente para matar a fome aos restantes 99%.

Se há merdas que me irritam, é perceber que as Nações Unidas não são aquilo que "nós" esperávamos que fosse, é uma farsa que aldraba as regras, não defende quem deveria defender e coloca-se ao lado do poder económico e dos interesses dos mais ricos em detrimento dos mais pobres e necessitados.

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