terça-feira, janeiro 24, 2017
# A minha solução para as Cantinas Sociais
Fazia hoje capa de jornal uma informação que alertava para o facto das "Cantinas Sociais" serem caras demais e não permitirem o acesso a todas as famílias necessitadas. E são tantas, as famílias carenciadas.
Há uns anos atrás fui convidado, honrosamente, pelo senhor Presidente do Polo da Cruz Vermelha Portuguesa da Figueira da Foz, à época, para, com ele, almoçar na cantina social que a instituição tem nas suas instalações.
Aceitei.
Percebi, na minha visita, aquilo que não vimos, sociedade comum, a quantidade de pessoas que recorrem a estes espaços que enorme necessidade social. E percebi, ali, como tanta gente já percebeu o valor que estes espaços têm na nutrição de tantas famílias cujo o dinheiro não lhes permite algo mais.
Hoje leio que as "Cantinas Sociais" são caras demais e que o Governo de António Costa quer acabar com elas, substituindo-as por cabazes alimentares de carne, peixe e legumes congelados. Se por um ponto de vista a solução "Cabazes Sociais" é uma opção válida - se vierem acompanhadas de um frigorifico e um cheque que pague a luz e o gás com o acondicionamento e confecção dos mesmos - e que pode proporcionar às famílias que partilhem as refeições em seio familiar, mais recatado e discreto, por outro lado vai proporcionar desperdícios de bens de consumo, pois é isso que acontece nas cozinhas de todos nós.
A acompanhar este factor negativo surge o patrocínio a um maior isolamento social daqueles solitários que, mesmo em silêncio, têm nas cantinas sociais a possibilidade de estarem rodeados por outras pessoas.
Que solução vejo para que as cantinas sociais pudessem continuar activas?
1º Acabar, sim, com a cantina social existente na Assembleia da Republica onde, por pouco mais de €2,5, os deputados da nação usufruem de refeições/ banquetes de valor real superior a €60/ refeição.
2º Entregava a exploração das cantinas sociais às Juntas de Freguesia.
3º Desenvolvia protocolos de cooperação com produtores, afim de se obter os excessos de produção a custos mais reduzidos.
4º Desenvolvia protocolos de cooperação com superfícies comerciais, pequenas, médias e grandes, por forma a se obter a recolha de bens perecíveis em final de prazo de validade.
Em contra-partida, aos pontos 2 e 3, seriam oferecidas regalias fiscais adequadas.
Nas cantinas, para rentabilizar os produtos disponíveis, estariam nutricionistas que seriam as responsáveis pela composição dos pratos.
Foto: O Ribatejo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário