sábado, março 04, 2017
# Apito meu, apito meu...
Poderia aqui escrever umas quantas merdas sobre arbitragem e queixas e favorecimentos, no e sobre o futebol nacional. Poderia esgrimir alguns argumentos, mas não o vou fazer, na certeza que, por mais que tentasse, não iria deixar a distância que desejava, relativamente ao sentimento clubista que tenho. Não que estivesse obrigado a isso - porque não estava, uma vez que, para além deste espaço ser meu, não sou um jornalista ao serviço de um qualquer meio de comunicação social, com a isenção que se pede -, mas porque acho que quando comentamos, devemos ter a seriedade na análise, mas também porque pouco ou nada sei sobre futebol, mas sim sobre bola, como qualquer adepto da modalidade que vê jogos e os comenta com base na sua humilde ignorância.
O que vou fazer é uma reflexão de três ou quatro linhas sobre o que vou escutando, o que se vai passando e a minha visão.
Existe uma suspeita - infundada - sobre a arbitragem, relativamente à prestação dos árbitros de futebol. infundada, por que essa suspeita só faia sentido se o erro generalizado incidisse sobre o beneficio a apenas um clube em detrimento de todos os outros. E, a bom da verdade, não é isso que está a acontecer. Nenhum clube poderá afirmar que foi prejudicado, se não souber constactar que também já foi beneficiado.
Na verdade, quanto a mim, estamos na presença de incompetência e impreparação. Somos contemplados com cumplicidades perigosas e interesses instalados. Não é plausível que um clube se queixe que não venceu um jogo por culpa de uma arbitragem menos conseguida, quando tem mais de 90 minutos para resolver uma má prestação do senhor do apito. Mas não é igualmente aceitável que, um árbitro que se apresenta impreparado e incompetente na sua tarefa, compulsivamente, continue a gerir jogos com o nível de exigência onde erra copiosamente.
Não sou naife ao ponto de não perceber que, em um ou outro caso, não hajam movimentações no sentido de coagir e condicionar os árbitros. Mas a culpa de tal acontecer não é deles - árbitros - mas sim da Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol, Concelho de arbitragem, Estado português e meios de Comunicação Social.
O Estado tem a responsabilidade de desenvolver e implementar Leis punitivas, severas, a quem promover ou patrocinar acções de conflito que condicionem o bom nome de terceiros, assim como a sua integridade física ou vida.
A Comunicação Social tem o seu quinhão de responsabilidade, uma vez que desenvolve programas de debate onde, ao invés de terem no painel jornalistas desportivos isentos, estão personagens que, muitas delas, nunca deram um chuto numa bola ou, se deram, sofrem de clubite crónica, o que lhes limita a visão.
Já a L.C, a F.P.F. e C.A., expõem os árbitros ao os anunciarem como nomeados para um determinado jogo, muitas vezes com mais de uma semana de antecedência. Está errado! Se realmente é desejo, destes três organismos, preservar os homens do apito e os proteger, então deverão criar a figura do "estágio", colocá-los em estágio à sexta-feira e, no segredo, transportá-los aos campos onde vão apitar.
Se só aí, no próprio dia, momentos antes do inicio do jogo e após uma reunião com os Delegados de cada equipa, os clubes tiverem conhecimento de quem vai estar no campo a comandar o jogo, deixa de haver a dita coação e pressão sobre os ditos homens.
Para que houvesse transparência, os relatórios do jogo deveriam ser públicos e a equipa de arbitragem comparecer a uma conferência de imprensa, orientada com base do relatório preliminar do jogo, acompanhado por um elemento do Concelho de Arbitragem.
Quanto à questão sobre se os clubes devem ser sancionados pela prestação negativa dos seus adeptos, a minha resposta é não! Os adeptos prevaricadores é que devem ser sancionados - após devida identificação - e condenados a trabalho comunitário e interdição de entrada em recinto desportivo.
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