Realmente, enquanto seres humanos, seres supostamente racionais, seres inteligentes, seres superiores - não sei a quê - temos mesmo muito a aprender. Não a aprender de modo académico ou de qualquer forma profissional, mas sim aprender a sermos felizes, saber aprender o que realmente interessa, saber ler que o que nos rodeia e devemos valorizar é a família; e o meu conceito de família, para quem me conhece, não são aqueles seres que, por uma institucionalização qualquer, foram, são ou passarão a ser classificados como tal.
Para mim, família são todos aqueles com quem gosto de estar, com quem me sinto bem de estar, com quem me preocupo, com quem se preocupa comigo, mesmo não estando numa presença física continua, mas que no momento exacto sabe mostrar, sem dizer, que está presente.
Devemos aprender a valorizar momentos... por mais pequenos que eles possam parecer; por mais pequenos que eles sejam, porque os bons momentos nunca são grandes...sempre pequenos, apesar de ENORMES!
Devemos aprender a valorizar a amizade...sim, a amizade! Aquela intemporal, aquela que alberga, escondida, qualquer interesse sócio-económico.
Mas não! É difícil! Mesmo que digamos que somos assim e que cada um deve falar de si, a verdade é que não somos todos assim. Há quem seja...sim, há! Há quem não olhe a quem para o tornar seu familiar, oferecendo-lhe o seu tempo, descomprometido, sem complexo, destemido de que de dedos alheios surjam balas sociais a si apontadas, depois de disparadas.
Devemos aprender, enquanto Humanidade, a sermos humanos. Sim, a sermos humanos!
É meu hábito dizer que , após ter feito os quarenta anos, tudo levo nas calmas. Não é, no entanto, uma verdade absoluta, confesso, porque não posso levar nas calmas ver um amigo partir... e entendam este "partir", como quiserem e bem desejem. Não posso levar nas calmas ver um amigo sofrer. Mas também não posso levar nas calmas ver um amigo "cegar", apenas pelo facto de ter alcançado um estatuto social e/ou económico mais elevado que os demais. E não posso levar nas calmas, porque se aquele estatuto um dia falhar, é com os amigos/ família, que ele tem de contar. E aí terei de me vergar e ir até lá abaixo estender-lhe a mão e doer-lhe:
- Anda, eu ainda estou aqui!
E já não tenho idade para me vergar, apesar de o fazer, se assim tiver que ser.
Portanto, a todos vós que leem estas palavras, parem e olhem ao vosso redor. Percebam o que se passa e aprendam a usufruir a oportunidade de estarem com a vossa família/ amigos. Deixem de ser mesquinhos, deixem de ser intriguistas, deixem de ser manipuladores e egoístas. Sejam...altruístas!
E para ti, sim para ti que sabes quem és, ainda agora começou a tua luta, a tua batalha, aquela que o tempo te vai mostrar como a vencerás. E sabes porquê a vais vencer? Porque és forte, determinado, pragmático e porque tens aqui, sempre aqui, os teus amigos, aqueles que estão prontos para, a teu lado, irem à luta contigo e por ti, quais Mosqueteiros do Reino.
Sem comentários:
Enviar um comentário