terça-feira, fevereiro 27, 2018

#Alcatrão a arder


Tenho constatado com agrado - devo acrescentar - que se deu inicio à limpeza de espaços florestais, de acordo com as indicações das entidades competentes. Quer dizer... mais ou menos.

Defendo que as matas devem ser limpas ao longo do ano, com intervalos temporais que não sei definir - até porque não sou técnico florestal - mas que terão de estar de acordo com o que seja classificado de "Segurança para a Floresta". Cabe a cada um fazê-lo, assim como ao estado, em seu território de intervenção pública.

Nos meios de comunicação social corre, por esta ocasião, uma campanha informativa e de sensibilização para que se proceda à limpeza e manutenção dos terrenos - como podem rever no vídeo que partilho. Acontece que essa informação que advém da Lei, impõe uma limpeza das árvores ao redor das casas, num perímetro de 50 metros e ao redor dos povoados de 100 metros. - Não entendo! Quer então dizer que, dentro das localidades vão deixar de haver árvores, vamos ter jardins sem sombras, expostos ao calor imenso. Ao redor dos povoados, que se localizem nas serras, vamos deixar de ter matas, espaços verdes para passeios e convívio familiar. Porquê? - Porque a Lei impõe o desaparecimento dessas mesmas árvores que envolvam esses espaços.

Ou há um erro na promoção desta iniciativa de limpeza dos terrenos - por parte do vídeo - ou fico com a triste ideia de que o Estado Português pretende, em 2018, ter a mais baixa taxa de incêndios florestais, graças à lapidação das nossas árvores. Com esta Lei - se o anuncio a descrever na perfeição - irá consegui-lo, porque se não houver mata nem arvoredo, apenas haverão incêndios se meterem o alcatrão a arder.

E já agora... vale a pena pensar nisto.

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