quinta-feira, junho 04, 2020

América a ferro e fogo

Os dias têm sido complicados para o "social" Donald Trump. Quando tudo parecia - parecia! - serem ventos favoráveis para a Nau do senhor de cabelo amarelo nova iorquino, onde a economia seguia a bom ritmo e a arrogância do homem estava no seu auge, levantando uma nova guerra contra os seus rivais chineses, eis que um vírus, um pequeno/ grande vírus, oriundo dessa mesma China, dá inicio a uma queda profunda do castelo de areia dourada.


O que de inicio foi para Trump altamente desvalorizado - ao ponto de gozar com os adversários políticos por estes usarem a máscara - rapidamente essa pequena "coisa" se transformou num potente destruidor da economia norte-americana, levando milhares de pessoas ao desemprego, provocando o colapso do sistema de saúde e a morte a mais de cem mil pessoas.

Como se tal não bastasse para abalar a administração Trump - que não desmorona mas enfraquece - eis que abre uma nova frente de guerra, desta feita contra a arma que tanto usa para "matar" os seus pares; Twitter. Com o fogo matas, com o fogo morres. E se Trump tanto matou com o Twitter e o veneno que  destilava, viu, agora, nesta ferramenta, o acre sabor de beber do próprio veneno.  Esta rede social ao sugerir aos leitores que confirmem a veracidade dos posts do presidente dos Estados Unidos da América, está, com enorme subtileza a desacreditar o Tio Sam laranja. Tal facto fez com que o milionário de Nova Iorque, republicano profira novo dejecto, zurrando bem alto num estrebucho de virgem ofendida que irá, qual ditador norte-coreano ou chinês, impedir que aquela ou outra rede social esteja disponível em território norte-americano. Menos mal, pois se fosse o alcoólico do Texas, iria impedir que estes serviços operassem em todo o planeta; e quem a permitisse operar, iria atacar com grande poder militar - porque esses países pertenciam ao eixo do mal - sempre acompanhada por Espanha de Aznar e o Reino Unido de Tony Blair, com a garantia de cafés e água servida pelo serviçal Cherne, desculpem, Barroso.

Para compor o ramalhete ao declínio de Trump, um imbecil racista que envergonha  uma classe - a policia - resolveu matar, por asfixiamento, um individuo de raça negra, apenas e só porque existia a suspeita deste ter falsificado uma valiosa nota de 20 dólares. A revolta está na rua.

No momento em que escrevo este texto ou no momento em que o leitor o lê, já nas ruas americanas se encontra a força militar em defesa do "inimigo" que só uma mente distorcida como a de Trump percebe e a quem chama de terroristas internos.

Ao mesmo tempo há policias que se ajoelham em apoio aos protestos, militares de topo que não concordam com esta acção do presidente e homens fardados nas ruas que têm dúvidas se se encontram em casa ou no deserto iraquiano defronte de um inimigo que não conhece.

A verdade é uma mentira absoluta e a mentira americana tornou-se numa verdade obtusa.


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