quarta-feira, fevereiro 26, 2014
Vestido para mendigar
A cegueira não nos permite ver a luz da verdade, da realidade nua e crua que nos ofusca a claridade visão tornando-a turva, propositadamente turva e tosca de um sentimento que não queremos receber nos neurónios que nos implantaram. Afinal, o preconceito faz-nos perder o discernimento da autenticidade que nos envolve, forçando-nos a virar a folha de um livro que não queremos ler ou simplesmente ver a capa.
Olham as vestes e avaliam pelo abeselgado espaço o ser que as ostenta num passar de modelos que não deseja ou alguma vez ansiou. Tratam-no com desdém e não conhecem a história, como se isso importasse para a forma correcta e profissional que um tratamento impõe. Comportam-se com prepotência atroz e arrogância barata e num sorriso cínico lamentam um futuro que não descortinam.
A vestimenta conta uma história presente que ninguém percebe, esconde uma história passada que ninguém conhece e uma história futura que ninguém vai alguma ver adivinhar. Se tentarmos ler um livro que veste uma indumentária diferente, mas possível, sem olhar para a fatiota, mas sim para o seu conteúdo, iremos descobrir estórias divinais de interesse tamanho.
Foto: Thomas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário