quinta-feira, novembro 05, 2015




Como em tudo ou em todo lado, existem sempre num grupo, pessoas ou instituições que demonstram, através de actos, classe, enquanto outras, apresentam comportamentos ou formas de estar que denigrem a referência, o centro da questão. E o mesmo acontece no ensino.

Sei que muitos são os que contestam a minha forma de pensar ou ver determinadas situações e até admito que possa estar errado. No entanto, enquanto não me provarem que estou, continuo a defender a minha dama, ou seja, forma de pensar.

Conheço, felizmente, muitos professores, os quais os olho como Mestres do ensino. E olho-os dessa forma, por que lhe reconheço mestria na transmissão dos seus saberes e sabedoria aos seus discípulos, motivando-os para a aprendizagem, ensinando-os a ouvir, em vez da doentia obsessão de os fazer falar, a saberem observar, em vez de virar a cara e a ponderar com reflexão, não julgando de imediato.

No entanto, como não há bela sem senão, também os há, aqueles a quem chamam de "professores", que mais não passam de máquinas de formatar mentes frescas, naquilo em que foram, também eles, formatados, depois de um tempo de rebeldia juvenil. São seres que debitam palavras sem sentimento, apontam o dedo, revendo-se no lugar do outro e não admitindo o que fizeram, que empurram os aprendizes para fora da carruagem, deixando apenas os que se permitem formatar.

São estes os "pontos negros" do ensino, que desvalorizam os Mestres que não estupidificam os aprendizes a Mestres. São estas as almas sem sentimento que não convivem, certamente, com os Mestres da Filosofia. São estes os elementos de uma máquina mal oleada que ostentam mentes quadradas, fechadas, sem ideias ou ideais.

Estes elementos, não criam progresso, mas estagnação. Irritam-se com um sistema que eles alimentam, impõem que os alunos se limitem a seguir a sua bitola, aquela que outros como eles, em tempos idos, lhes impuseram também, não deixando que haja uma autonomia de pensamento e opinião, pela simples razão de não a saberem perceber, compreender ou argumentar.

A estes "professores", solicita-se que parem, escutem e olhem. Não por que vem o comboio, mas sim porque ao seu redor existe um mundo em mudança permanente e até os cientistas já questionam se o Universo realmente surgiu como se defende há anos.

Sem comentários: