quarta-feira, novembro 11, 2015


O que têm as estações de caminhos-de-ferro e os comboios haver com leitura, gosto pela leitura, tempo de leitura e a própria leitura? Digo eu, no meu devaneio, que tem tudo haver! Ou seja, cada vez que questiono alguém, ou semi-alguém, se gosta de ler, a resposta é, variavelmente, que sim, mas que não há tempo.

Pois bem, descobri onde se pode ler, sem pensar no tempo ou até mesmo o avaliar, uma vez que ele, o tempo, de certa forma, pára. Quem se desloca de comboio para o trabalho ou escola, tem a sorte de utilizar um meio de transporte, o único, talvez, que permite uma enorme liberdade de movimentos, tempo de deslocação sem necessária atenção ao caminho, avisador de chegada, entre outras situações.

Quem se desloca de comboio, dispõe desse tempo que diz não ter, de uma bolha de isolamento que nos permite viajar par além daqueles carris, daquelas carruagens, daquelas janelas. E quem aproveita aquele tempo para ler, está a valorizar a sua riqueza intelectual, emocional e de capacidade de sonhar, viajar, imaginar.

Ler é crescer. Crescer no sentimento, na emoção, na capacidade de oralizar e essencialmente na competência de saber ouvir.

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