No pós-confinamento e com todas as normas de um Estado de Calamidade aprovadas e tecnicamente aplicadas, não aplicáveis, eis que após tanta solidariedade partidária - no primeiro Estado de Emergência e que se foi perdendo ao longo do segundo e terceiro - se preparam e alinham os deputados da nação, fazendo lembrar as gaivotas que se alinham no cais à espera das traineiras, que após árdua labuta liberta em mar aberto e desprovido de segurança, anseiam os despojos e a escória, grasnando num decibel estridente, tentado fazerem-se escutar acima do histerismo contíguo.
Não sei se o Governo de Costa e da Ministra Temido estiveram bem - esta coisa dos números, cada um dá os que quer e cada um acredita ou não nos que tem. Mas pensando com a clareza das águas dos canais venezianos endémicos, que Governos ou Ministérios da Saúde actuaram tão exemplar, capaz de servir de modelo académico?
A história e o tempo nos dirão quem esteve bem, quem esteve mal, quem no seu árduo trabalho pescou e quem grasnou à espera de, nas migalhas miseráveis, alimentar o seu ego politico.
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