Andou a menina Greta Thunberg a faltar às aulas e sujeita a dolorosas viagens de veleiro, a ter de escutar impropérios por parte de um homenzinho cor-de-laranja, falar, em boa voz, Como se atrevem, na assembleia da ONU, tudo em prol do planeta, em defesa dos oceanos, buscando e apregoando aos bons comportamentos, humanos - sim, porque é essa a espécie que poluí em demasia, se nos abstivermos da concentração dos bovinos, aqueles de quatro patas que abundam nas fazendas texanas e no Sertão brasileiro, que produzem uma quantidade enorme de metano - para que o planeta possa respirar e rejuvenescer de uma morte anunciada quando, num desconfinamento feito à pressa com a pressão económica para uma reabertura de um mundo frágil e vulnerável, após dois meses de um retiro de purificação, fazem sair um despacho que impõe - e é só mais uma barbaridade a juntar a outras tantas - o uso de capas plásticas nos bancos dos automóveis do ensino da condução, capas que têm de ser substituídas regularmente durante o dia, produzindo-se desse modo toneladas de lixo de plástico.
Pobre Greta, que para além de não conseguir os seus intentos nem receber o Prémio Nobel da Paz, ainda viu surgir, de oriente, um vírus que teve a ousadia de purificar as águas - tornando-as cristalinas - dos canais de Veneza, que em Pequim se visse o azul do céu e que do Marão se conseguisse avistar as torres da refinaria de Leça da palmeira. E fê-lo em silêncio, provocando muito alarido. O mesmo alarido que o Parlamento Português fez, quais galinhas chocadeiras, ao discutirem a lei que iria abolir os sacos de plástico das superfícies comerciais.
O plástico não é hipócrita!
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