Muito se tem falado e escrito sobre o que se deve fazer relativamente aos peões, nomeadamente à sua segurança, mas também aos seus direitos e obrigações. Muito se tem falado e escrito, mas na verdade o essencial, ou seja, a base, continua por não ser intervencionada.
Não basta falar-se, juntar grandes nomes que ninguém ou pouca gente conhece, numa sala, cheios de pompa e circunstância, utilizar palavras de requinte enquanto se palestra e, depois, na prática, na rua, no local da ação, nada se fazer.
Um debate real com consequências reais
Sim, é necessário debater os problemas dos peões, porque todos os somos, para mais facilmente programar e planificar as intervenções que se pretende colocar em ação.
Acontece que, na verdade, pouco ou nada se tem feito em prol da segurança e formação dos peões, ainda que se tenha debatido muito e investido bastantes recursos financeiros.
O que se vai vendo ser realizado é algum altruísmo propagandeado, sem um plano geral de ação e que possa abranger Portugal de lés-a-lés. Um plano de intervenção, capaz de levar a todos a mesma informação, formação e sensibilização, assim como decisões.
Assim, falta, essencialmente, no que diz respeito à segurança rodoviária dos peões, avançar-se com um processo educativo de educação rodoviária no curriculum escolar, desenvolvido por gente profissional, com formação específica e capaz de sensibilizar os mais pequenos para a necessidade de respeitar as regras inerentes.
Depois, falta um plano de ação rodoviária, geral, interventivo e com fiscalização à altura. A título de exemplo que tal não acontece, são as passadeiras sobre-elevadas ao pavimento. As que aparecem nas lombas redutoras de velocidade; elas estão regulamentadas, mas se percorrermos o país, verificamos que maior parte delas são construídas a avulso, ou seja, sem seguirem as normas instituídas.
Enquanto não houver uma intervenção de fundo neste sistema, a taxa de sinistralidade envolvendo peões vai continuar elevada.
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