sexta-feira, novembro 04, 2016

# Um bimbo na estrada


Tenho todo o respeito pela terceira idade e nunca me ouvirão dizer ou escrever - a brigada do reumático - ou - os grisalhos do não sei quê - mas, uma coisa é certa, há momentos em que os "velhinhos" me deixam de cabelos no ar...de estupefação.


É verdade que os velhotes já têm uma experiência de vida que me deixa nas covas, mas não é menos verdade que, mesmo com base nessa vasta experiência, isso não lhes atribui o direito de terem posturas - essencialmente rodoviárias - que podem colocar em perigo...a pipoca mais sã deste planeta.

Ia eu de carro, a desenvolver uma rotunda, como mandam as regras do código da estrada, quando, atrás de mim me apercebo do surgimento de um outro carro, que se aproximava a uma velocidade desapropriada; da velocidade desapropriada à necessidade de uma travagem mais proeminente, com gesticulação pelo meio, foi um saltinho.

Eu circulava na via de trânsito central e iniciava a passagem para a via da direita. Apercebo-me, então, que a viatura que transitava na minha retaguarda inicia uma ultrapassagem menos apropriada para o local e, percebendo a asneira, levanto o pé do acelerador, facilitando a "coisa".

Quando a viatura passou ao meu lado, olhei para o lado e, tal não é o meu espanto, quando me deparo de um octogenário que me olhava com aquele ar de - Bimbo, vê se sais da frente que a malta quer é largar-se por esta estrada fora - . E depois desse olhar, matreiro e matador, eis que ele avança numa condução, sem piscas, sem limites...na loucura!

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