terça-feira, janeiro 30, 2018

#Avaliação de desempenho tripartida


A avaliação é algo empírico à existência humana; avalia-se por tudo e avalia-se por nada. Avalia-se a cada segundo a atitude e o comportamento alheio, mas falha-se quando, cada um de nós, seja por arrogância ou medo do que se pode descobrir, não efectuamos uma auto-avaliação.


Normalmente as avaliações são unilaterais. No entanto, em muitos casos, essa avaliação deveria ser bilateral ou tripartida. Só dessa forma se conseguiria uma real e verdadeira avaliação do que se pretende avaliar.

 Um caso real

Todos lidamos mal com a avaliação, principalmente quando ela não proclama aquilo que queremos e desejamos escutar. Somos capazes de esgrimir as mais diversas conjecturas que possam contrariar a avaliação ou mesmo critica.  

No passado, a minha filha e o resto da turma, no final do primeiro período escolar, numa determinada disciplina, não obtiveram as notas correspondentes às suas capacidades e expectativas. Até aqui, nada demais. Algo já visto. - Qualquer professor argumentaria as avaliações pelo lado mais fácil - Eles não estudam; estão desatentos; são indisciplinados, etc... - Todos não. essa professora, percebendo que algo não estava bem, teve a capacidade e humildade de solicitar aos alunos que a avaliassem. 

Para que os alunos não se sentissem condicionados nessa avaliação, com medo de eventuais represálias, a senhora entregou a cada aluno uma ficha onde colocariam a avaliação e o que ela deveria melhorar, de forma anónima. 

 Recolhidos os documentos e avaliados os dados, a professora, certamente, desenvolveu uma auto-avaliação, tendo alterado a sua forma de leccionar, de acordo com o que os alunos tinham sugerido. O resultado foi extraordinário, com os alunos a desenvolverem uma empatia com a professora, traduzida em mais motivação e um aumento exponencial dos resultados escolares.

Avaliação Tripartida

A avaliação tripartida assenta na avaliação de uma unidade, por três partes independentes; ou seja, três partes integradas dum sistema a avaliarem uma quarta parte. por exemplo, a avaliação dos professores - esta deveria ser efectuada por alguém no interior da escola, por parte dos alunos e por parte dos pais dos alunos. e é nesta terceira linha de avaliação que surge a primeira questão:

- O que sabem os pais sobre os professores para avaliarem?
- Sabem aquilo que os filhos relatam - digo eu! E acrescento - E os professores, o que sabem eles da impressão que os alunos passam para casa? preocupam-se em saber? Não! Não se preocupam.

A avaliação tripartida era bastante vantajosa para os professores, principalmente para aqueles que não vêm no ensino apenas o descarregar de PowerPoint ou se limitam a marcar presença aos alunos que passam mais tempo em centros de explicação. Para estes professores, que valorizam o ensino como um complemento à educação, que olham para os alunos como alunos e não como artefactos, que dialogam os seus conhecimentos e não se limitam a "vomitar" matéria incógnita, que se preocupam, a formar, a valorizar, a fazerem da escola um lugar melhor, mais acolhedor, mais motivante, de uma parte positiva de quem dela, também, faz parte - os alunos.


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