quarta-feira, janeiro 24, 2018

# A Terra tremeu, e agora?


Estamos, sociedade portuguesa, preparados para enfrentar um sismo de elevada magnitude? preparados para o momento, mas principalmente, para o após?

A minha ideia é que não! Não estamos.

segundo estudos científicos, o sismo de 1755, estará na iminência de se repetir. Ao que se informa, a intensidade será maior que a do Sec XVIII e prevê-se a mortalidade de milhares de pessoas; estão identificados os lugares onde o tsunami vai devastar e determinado o tempo que as autoridades têm para evacuar quem por lá estiver... 15/20 minutos, ou seja, a morte garantida dessas milhares de pessoas.


Portugal não tem sido fustigado com sismos que abalem, consideravelmente, o território e a vida das pessoas. Mas, tem recebido pequenos avisos oriundos da natureza que devem servir e, certamente, servem, de indicador.

Confesso que desconheço da real possibilidade de prever a ocorrência de sismos, sua intensidade e localização. Mas sei, admitindo poder estar errado, que não estamos, enquanto cidadãos e sociedade, preparados para lidar com uma catástrofe natural, seja ela de que natureza for, nem durante e muito menos após.

Penso ou parece-me que uma faixa da sociedade portuguesa se sente preparada para enfrentar uma catástrofe, pelo simples facto de, primeiro, saberem por senso-comum, penso, ou por assistirem a muitos filmes de produção norte-americana, que num sismo, pelo facto de se colocarem debaixo de uma mesa, se encontrem a salvo das nefastas consequências. Essa não é, de todo, a realidade; certamente que haverá outras acções a executar. A segunda situação que nos leva a crer que estamos aptos a enfrentar uma catástrofe natural, é sermos tão bons a nos organizarmos quando acontece aos outros povos; nós, os tuguinhas amigos, conseguimos, em tempo recorde montar uma enorme operação de ajuda social. De cá para lá, sabemos que somos bons, mas...e de cá para cá? Como é que quem necessita tem capacidade para ajudar quem também necessita?



Parece-me que não estamos preparados. Mais; não tendo qualquer formação em engenharia civil, arrisco conjecturar que se ocorrer um sismo de escala mais elevada - seis para cima - com epicentro não muito profundo, os nossos edifícios desmoronar-se-ão, porque a construção é fraca, adulterada e não projectada ou construída com sistemas anti-sismos.

Assim, concluo que, os tugainhos, caminham alegremente sobre uma bomba; o problema é que o desconhecem e a qualquer momento podem tropeçar no detonador.

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