Conversava hoje com uma aluna sobre o ensino escolar e as debilidades do mesmo e, no decorrer do diálogo, conjecturamos que existe uma enorme lacuna no sistema de ensino... a falta ou ausência - se assim lhe quiserem chamar - da vertente "Educação Social".
A "Educação Social" não é nada mais ou menos do que incrementar nos jovens, posturas de respeito e educação pela sociedade em geral, através de tarefas comunitárias no espaço escolar.
A implementação desta actividade era simples e no meu ver bastante eficaz. Respeitante a horários, de desenvolvimento, bastaria que fosse disponibilizada uma tarde por semana, o que já existe - quarta-feira.
No inicio do ano lectivo seria entregue a cada aluno um cacifo, um fato-macaco e um par de luvas. Criava-se uma lista de tarefas a desenvolver (varrer o pátio, limpar os corredores, limpar os vidros, apanhar lixo do chão, substituir sacos do lixo, manutenção de espaços verdes, manutenção de horta biológica, etc...) e, a cada turma, semanalmente, de forma rotativa, atribuída uma das tarefas a desenvolver, sempre com o apoio e acompanhamento de professores.
A participação destas tarefas iria promover uma maior responsabilidade social e de inter-ajuda, uma visto que todos iriam perceber a importância de viver em comunidade, valorizar o trabalho das outras pessoas e actuarem em preservação do seu espaço, à sua comunidade, à sua escola, garantindo um lugar de aprendizagem e convívio melhor.
Mais importante que os 18 e 19 das notas, é sabermos que conseguimos formar socialmente as mulheres e homens de amanhã e percebermos que contribuímos - escola - com ferramentas úteis para produzirmos uma Sociedade melhor.
Afinal, do que vale termos alunos com médias elevadas, extraordinárias se, lá fora, depois dos portões da escola, na sociedade, destroem e desrespeitam os seus pares ou os de espécie diferente.
Conseguirão as escolas perceber a mensagem?
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