quinta-feira, junho 18, 2020

De Cavalão a Jumentão

"Cavalão" era o nickname pelo qual era conhecido e chamado Jaír Bolsonaro quando serviu as forças armadas brasileiras. Não sei qual a razão, mas na verdade deveriam chamar-lhe de "Jumentão", pois é isso que ele é, um jumento. Mas ainda assim, se enquadra e nunca fez tanto sentido o proverbio popular "Passar de cavalo para burro". Sim porque o Brasil escolheu, nas últimas eleições, passar o "Cavalão" do exercito a "Jumentão" do governo de Brasília. Presidente Jumentão. 




O Brasil está envolto numa crise sanitária, económica e social, onde ministros civis são substituídos por paraministros militares que, aparentemente, aceitam colocar em prática as ideologias do "Jumentão", contra todas as indicações cientificas.

Tal como o seu ídolo (Donald Trampa), também "Jumentão" se prepara para ter uma catástrofe humanitária em terras de Vera Cruz, com o número de mortos de Covid-19 - número que ele já ordenou que não fosse divulgado, manipulando assim a informação - a poderem chegar aos 300 mil. Dirá - tal como o assassino da Democracia americana e co-autor do extreminio do povo palestiniano (como se verá brevemente) em conluio com os judeus radicais/ extremistas de Israel - que "apenas" 300 mil mortes é fruto do excelente trabalho do executivo que comanda.

Não me preocupa, de todo, o conteúdo dos pensamentos intestinais de um energúmeno de extrema direita, quando ele - Jumentão - defende que a Democracia deveria ser abandonada. A Democracia no Brasil tem 35 anos de vida e foi conquistada à base de muito trabalho. Quando em 1989 o país elegeu o seu presidente através de eleições directas - Collor de Melo - o Brasil saia de uma Ditadura Militar mergulhada numa crise económica, social e politica. 35 anos depois, percebe-se que, tendo um presidente "Jumentão" que já nomeou para o Governo 14 militares, e estando mergulhado numa crise sanitária, politica, económica e social, o que aí vem não auspicia nada de bom para aquele país com mais de 300 milhões de habitantes.

Não me tira o sono que um ser cuja inteligência seja, no mínimo, questionável, chame de terroristas ao seu povo e ponha nas ruas as tropas, fazendo lembrar Sarajevo. O que me deixa apreensivo é o facto de viver numa comunidade de países europeus que, são mais as vezes em que se mostra frágil e desunida, do que forte e coesa; Uma união de países europeus que, para além de já se ter começado a desmantelar, ainda não ter tido a capacidade de reunir um exercito capaz de se defender a ela própria, sem que esteja dependente daquele que se encontra do outro lado do Atlântico. Esse cada vez estará mais longe, se se mantiver a politica actual. 

O que me deixa apreensivo, é o facto de ver ideias fascistas evidenciarem-se num país onde a cor e alegria era um cartão de visita aos turistas que o procuravam, e assistir a um povo que se deixa manipular por um "Jumentão" e  esquece a história tão recente na Europa, no Chile, na Jugoslávia e em sua casa, nada fazendo para alterar o rumo dos acontecimentos. O que me preocupa, é que a tendência se torne pandémica e o descalabro seja total. E tudo por culpa dos politicos democratas que, não servem, mas servem-se.

É que vírus e estupidez transmitem-se e contagiam a uma velocidade supersónica. 


Imagem: R7

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