sábado, dezembro 26, 2015



A convite do meu amigo Emídio fui até ao Natal que a Casa ofereceu, uma vez mais, aos seus utentes, pessoas carenciadas, sem rosto, com história, umas melhores que outras, umas menos agradáveis que outras, umas diferentes de outras.

São histórias de vida, histórias que marcam, cada uma, a sua viagem, o seu trajecto, diferentes trajectos que hoje se encontram num entroncamento de pobreza, necessidade, solidão, por vezes e alguma angústia, certamente. Mas encontram-se numa "biblioteca" que acolhe as suas páginas, numa ajuda de vida melhor, que escrita enriquecida e de leitura capaz.

Fui convidado a participar, sob o pretexto de ler uma história aquelas estórias. E contei...penso eu!
Contei a história de uma vida que não conheço o ponto inicial, mas consegui imaginar parte dela e encontrei o ponto actual. Contei uma história que creio ser a de cada uma daquelas pessoas, que diante de mim me escutaram. Contei aquela que espero ser a história deles, ainda que me tenha apercebido das suas dificuldades.

Sabendo da dificuldade em que a Casa tem em conseguir, por vezes, alimentação para chegar a tanta gente, seria fantástico que as grandes superfícies comerciais da cidade pudessem auxiliar, assim como os cidadãos. Seria fantástico que se desenvolvessem esforços para se conseguir uma infraestructura  móvel ou mesmo fixa, capaz de proporcionar um banho quente, diário, aos sem-abrigo e aos carenciados.

Da minha parte uma certeza tenho. Vou desenvolver esforços para conseguir mais e melhor apoio à organização que não tem fins lucrativos. E apelo a todos quantos lerem este texto que o façam também, sem interesses, preconceitos ou vergonha.






Fotos: Carlos Miguel e Casa

Sem comentários: