domingo, setembro 11, 2016
15 anos de terror
O dia estava solarengo e em nada fazia adivinhar tamanha tragédia. O povo norte americano preparava mais um dia de trabalho, cumprindo uma rotina que viria a ser destruída como o carreiro das formigas que é bloqueado por uma raspagem de pé humano sobre o mesmo.
Em Portugal, após a hora de almoço, deslocava-me para o trabalho quando, ao ligar o rádio a TSF fazia a descrição emocionada de um acontecimento que ainda ninguém sabia explicar, concretamente. Um avião embatera numa das torres gémeas do World Trade Center, naquilo que, inicialmente, era tido como mais acidente aéreo, com dimensões aterradoras.
Poucos minutos depois, um outro avião embate na segunda torre, o que leva a autoridades a perceberem que, não se tratava de um acidente, mas de um atentado terrorista; o Mundo mudara naquele exacto momento. Os atentados terroristas ocorridos naquele espaço não haviam sido contra a nação norte americana, mas sim contra a Humanidade no seu todo.
Quando cheguei ao café, eram mais de milhões as cabeças levantadas na direcção do televisor que, a dois metros de altura, mostrava, repetidamente, o embate dos dois aparelhos nos edifícios, a fuga das pessoas que no solo se encontravam e o desespero das que, no edifício, lá bem em cima, ficaram presas e não queriam morrer queimados... no desespero da sobrevivência a qualquer custo, somos brindados pro imagens de um desespero monstruoso, que levava as pessoas a lançarem-se do edifício, acreditando - quem sabe o que se passa na cabeça de cada um - que na queda poderia haver uma milagrosa sobrevivência.
11 de Setembro 2011, o ano em que o Mundo mudou...tudo mudou. As torres ícones do poder da economia norte americana desabavam agora como um baralho de cartas, demente, falso na sua força, cambaleante, oriundo, aos olhos de um planeta, de diversos povos, no júbilo de alguns muçulmanos e no desespero de uns tantos outros. Era o inicio do fim de uma paz que se deseja global.
De imediato as forças militares norte americanas colocaram no ar os seus aviões de combate, ordenaram a todas as aeronaves comerciais que regressassem a terra, sob pena de serem abatidas se tal não acontecesse. Foram largos minutos de incerteza, com noticias a dar a informação de diversos aviões ainda no ar.
Novo ataque; o Pentágono, a representação internacional da segurança global, o local mais seguro do mundo, aquele onde se escuta tudo e todos e onde se projectam todos os movimentos militares norte americanos ao redor do planeta, sofreu, também ele, o ataque dos terroristas.
Durante largos anos se especulou se teria sido atingido por um avião ou se por um míssil. Apos visualizar as diversas imagens e videos, a minha opinião foi a de que foi um míssil que atingiu o Pentágono. No entanto, muitas foram as teorias conspiratórias que seguiram outro sentido, talvez na intenção de não fragilizar, ainda mais, o orgulho americano e não colocar em causa, internamente e internacionalmente, todos os milhões de dólares investidos.
Desde o dia 11 de Setembro de 2011 até aos dias de hoje, podemos verificar que houve muitas transformações no países que montam o puzzle do planeta Terra, com orientações politicas a serem destituídas através da guerra - Iraque, Afeganistão - ou que vieram a cair, por força do povo - Egipto, Síria (em guerra civil.
Mas o que aconteceu depois do 11 de Setembro de 2011, foi o medo que se espalhou ao longo do globo, como uma peste, com as centenas de ataques, mais pequenos em dimensão, mas tão aterrorizadores como os daquele dia. Grupos terroristas foram surgindo, uns atrás dos outros e hoje, apesar de muitos dos seus líderes já terem sido abatidos, organizações como a Al.Qaeda, DAESH ou Boko Haram, ameaçam, diáriamente, e atacam, cobardemente, nações - Paris e Bruxelas - que buscam a paz, mas não conseguem viver sem que, por vezes, tenham de olhar por cima do ombro em busca não sabem bem do quê.
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