Partiste
num adeus confuso
Naquela
manhã ao acordar
e contigo
levaste prosas e certezas
Sonhos,
magoas e no luar
Juramos
amor eterno, ao sol
Paixão
futura, tu areia e eu o mar.
E no
livro que escrevemos
Na capa
que desenhaste
O fim não
soube anunciar
O fim não
soube contar
O fim não
se pode ler e amar.
Largaste
a caneta antes do raiar
Onde as
palavras foram de sabão
Que se
desfizeram nas lágrimas secas,
Nas
lágrimas sentidas de um soldado, ladrão.
A luta
terminou num incentivo, ataque
Na
epopeia vindoura de sentimentos
Na busca
de um Porto Sentido.
No
caminho de ondas velejo agora só, perdido
Perdido
ao vento, agasalhado nas rajadas
Entorpecido
nas marés, grandes vagas.
Abri os
braços e elevei-me aos céus,
Fechei os
olhos e vi galáxias,
Cosmos de
sensações novas à deriva.
Perguntaste-me,
um dia, amiudes
Se sabia
controlar meus sentimentos
E
eu, eu respondi-te sem medo
Na razão
e na certeza
Que sei
amar os momentos.
E num voo
picado te entregas
E num
mergulho de vertigem me entrego
E tu em
mim te pegas
E eu em
ti me pego.
Naquele
adeus estranho e confuso
Naquele
momento de olhar embargo
Deixo-me
dormir, acordado.
Sem comentários:
Enviar um comentário